Muitas das empresas brasileiras são reféns do capital estrangeiro, seja por motivos de investimentos ou devido aos contratos comerciais, que acabam também se tornando fontes de investimento (e quem sabe sobrevivência), principalmente no cenário atual, onde os olhares estão voltados para o mercado de exportação.
O risco Brasil, que se eleva com o rebaixamento pelas agências internacionais, da nota de crédito , acaba repercutindo diretamente nas empresas, motivo que deve ser visto com atenção pelos administradores que dependem, mesmo que indiretamente, do mercado e dos investimentos externos.
Neste sentido, mesmo que maculada, a imagem brasileira no cenário internacional pode, de certa forma, não repercutir nas decisões dos investidores, quando no fechamento de relações negociais com empresas específicas. Para tanto, tais empresas precisam demonstrar integridade nas suas contas e na sua administração.
Este conceito de integridade empresarial, é obtido com a aplicação interna de programas que contemplem não só gerenciamento de riscos, mas principalmente, que demonstrem a responsabilidade com o mercado, com o cumprimento de obrigações e com a ética.
Devemos observar que a corrupção está diretamente ligada ao descrédito que o Brasil alcançou no cenário econômico mundial. Assim, aquelas empresas que demonstrarem ao investidor estrangeiro, possuir programas robustos de integridade e controles internos, poderão contornar a negatividade investida ao país.
As empresas que ainda não adotaram programas internos de integridade empresarial e melhores práticas de governança corporativa e que dependem dos “gringos”, serão engolidas pelo mercado. O investidor externo não quer correr riscos e portanto, o empresário a partir de agora, necessita comprovar que está andando na contramão do fluxo corruptivo e da negligência política e financeira do País.
Autor: Lourenço Tosetto
