Muitas organizações têm optado pela terceirização do canal de denúncias como forma de afastar os riscos existentes no processo de recepção dos relatos. A denúncia pode por exemplo ser recebida por alguém que tenha amizade com o denunciado (ou medo dele), e acabe fazendo “vistas grossas”, não processando a demanda da maneira correta. Ou ainda existe a possibilidade de reconhecimento da voz do denunciante. São vários os elementos que podem comprometer a recepção e o correto tratamento dos relatos.
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Além disso alguns serviços terceirizados avaliam preliminarmente os fatos e até mesmo realizam investigações completas. Este formato de serviço garante além de independência no processamento, conhecimento técnico especializado (conhecimento de causa).
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Porém, existe um momento crítico durante o tratamento das denúncias que é a tomada de decisões. Essa atividade nunca poderá ser terceirizada e não existem mecanismos que garantam a lisura total da atividade.
Por isso, a existência de um canal de denúncias precisa estar alinhada com a estratégia (íntegra) de governança.
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Algumas organizações terceirizam o canal por entender ser uma boa prática, outras simplesmente para demonstrar um fictício comprometimento.
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Vale ressaltar que a terceirização não é obrigatória. Muitas organizações possuem equipe altamente qualificada para receber e tratar os relatos. Neste caso, é recomendado que seja utilizada uma plataforma que assegure a integridade do processo de recepção e gestão das denúncias, afastando constrangimentos e intimidações contra as pessoas relacionadas com a função de compliance.
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